20 de set. de 2008

Em 13 minutos, Goiás massacra mais uma vez o Santos no Serra Dourada

Era a terceira melhor campanha do returno no Brasileirão. O único time invicto neste segundo turno, 6 jogos sem perder. Algo aconteceu. Algo que nem eu, nem o treinador, nem os jogadores conseguirão explicar. O futebol bem jogado pelo time do Goiás, adicionado a "pane" no time santista logo no início do jogo acarretou em mais uma goleada patética para o time alviverde. Antes de mais nada, vale ressaltar que dos 6 jogos sem derrota até então, eu não tinha assistido nenhum. Talvez a culpa seja minha, afinal...

Foi uma perda de tempo. Fiquei preso ao jogo o dia todo, mal via a hora de ir pra casa, me deitar no sofá e ver meu time do coração. Acredito que esse sentimento é partihado por todos que realmente gostam do futebol. Eu não sou exceção, e mesmo em fases não tão boas, como a atual, gosto de ver meu time jogar quando tenho a oportunidade. Fui para a frente da TV ás 18h21 aproximadamente. Tarde demais, assim que liguei a televisão via o replay do gol de Paulo Baier, acreditem, de cabeça! Como se não bastasse, dois minutos depois, outro gol. Falha conjunta de Kléber, Fabão, Fabiano Eller e Roberto Brum. O lance se originou numa falta para o Santos. A dupla de zaga se posicionou na área para tentar o gol de empate, e deixou a defesa totalmente desguarnecida. Kléber cobrou de maneira ridícula, jogou na cabeça do defensor adversário e acabou armando um contra-ataque fulminante. Brum, por sua vez, não se postou como deveria e deixou o ataque avançar, mas aí ele foi o menos culpado. 2x0 no placar, e ainda mais 87 minutos de jogo até o fim do tormento.

Com o resultado praticamente definido, a equipe de Hélio dos Anjos apenas se preocupava com o setor defensivo, e fazia a marcação com maestria. Apenas Iarley ficava avançado, e ainda assim, quase atrás do meio campo. O time só apostava nos contra-ataques, enquanto o Santos tentava trabalhar a bola, sem sucesso. Mais tarde, chutão para frente e falha bizonha de um infeliz que não me recordo o nome, mas que dominou a bola no pé de Júlio César. Na investida, driblou Fabão (o pior da noite, na minha opinião), que cometeu o penalti. Iarley fez a cobrança, bateu forte no meio do gol e deixou a vitória garantida. Seria um bom discurso para o final do jogo, mas o terceiro gol saiu aos 13 minutos do primeiro tempo. 

Se 2x0 já estava de bom tamanho, 3 serviu pra dar início a festa na torcida. Aos gritos de "Santos é freguês", o time visitante tentava alguns esboços de jogadas, mas esbarrava sempre na forte e eficiente marcação. O Santos só conseguiu furar o bloqueio dos anfitriões em um chute forte de Wendel, bloqueado em grande defesa de Harlei. A situação santista poderia ter piorado ainda no primeiro tempo, se o árbitro Leonardo Gaciba tivesse marcado o penalti de Fabiano Eller em cima de Iarley.

Na segunda etapa, o caixão santista foi fechado aos 8 minutos. Rafael Marques fez o quarto gol, que sacramentava a vitória e a melhor campanha do segundo turno. Foi a 4ª vitória consecutiva, e o jogo mostrou que o Goiás não bateu o líder Grêmio em pleno Estádio Olímpico por acaso. As contratações de Iarley, Romerito (que felizmente não jogou, senão poderia ter sido pior), a manutenção de Paulo Baier, entre outros fatores, mostram que um bom planejamento foi feito e os frutos estão sendo colhidos. O clube agora tem 39 pontos, e está a apenas 3 do G4. Dá pra sonhar com a vaga na Libertadores, se a boa fase tiver sequência nos próximos jogos. 

Confesso que depois do quarto gol, parei de prestar atenção no jogo. Só reparei no gol de Pará, que entrou no primeiro tempo para o lugar de Fabão e não pôde fazer muita coisa. No mais, pode-se dizer que o Goiás, apesar de contar com diversas falhas do Santos, fez uma excelente partida. Começou a mil por hora, se aproveitou da fragilidade do adversário e decidiu o jogo em menos de 15 minutos, só tendo o trabalho de administrar durante o restante do tempo. Já o Santos, novamente em lances atípicos e falhas seqüênciais, mostrou um futebol que me fez lembrar dos períodos em que Émerson Leão e Cuca treinaram o time. Além de Fabão, Rodrigo Souto fez uma partida horrível. Errou muitos passes, perdeu a bola várias vezes... enfim, não esteve bem. A nossa arma principal praticamente não foi requisitada. Kléber Pereira se irritou bastante, pois a bola não chegava nunca. O meio de campo santista, dominado pelo time do Goiás, sofreu forte pressão dos marcadores adversários e pouco criou. 

O rebaixamento ainda está longe, não acredito que exista mais esse risco. Nas próximas duas rodadas, o Santos terá o trunfo de jogar na Vila Belmiro contra Portuguesa e Atlético-PR, duas equipes que também não vivem boa fase. Tenho fé em 6 pontos nessas duas partidas. Mas pra hoje, a marca que fica é ver que estamos nos tornando fregueses de quem diria, o todo poderoso Goiás que brigou com o Corinthians ano passado para ver quem era pior...


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